segunda-feira, 30 de julho de 2012

Tema: VI Semana da Matemática da UFF


Evento: VI Semana da Matemática da UFF
Período do Evento:10 de Maio de 2012
Coordenação: Ana Maria M. R. Kaleff
Local :  Universidade Federal Fluminense -  Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí  Niterói - RJ

Relatório de Atividade Cultural

    A Semana da Matemática realizada na UFF foi algo bem diferente do que já participei; assim que chegamos, fomos organizadas em uma fila indiana para nos cadastrar, logo depois podíamos nos espalhar para observar o local. O primeiro lugar que me chamou a curiosidade foi um stand sobre Braille, ele estava organizado com banners sobre o sistema de braille, o curso e a metodologia do mesmo, além de projetos envolvidos com as crianças. Havia também livros infantis e gibis em braille.
Descobri muito sobre o sistema de braile, que recebeu o nome devido a homenagem ao seu criador Louis Braille, que ficou cego ainda pequeno por causa de um acidente na oficina do pai. O sistema de Braille foi criado com 6 pontos postos em 3 pontos. A partir da combinação destes pontos são produzidos mais de sessenta e quatro símbolos. O curso de Braille ocorre semipresencial, exigindo alguns encontros presenciais.
No stand era oferecido também a oportunidade da pessoa fazer o nome em Braille, a aluna responsável explicou como é organizado o sistema de Braille e ajuda a pessoa a fazer seu próprio nome.  Foi uma oportunidade única de poder fazer meu próprio nome, e descobri que não é tão complexo como pensei, precisa apenas seguir algumas regras básicas.
Todo o espaço foi organizado com diversos banners com as atividades e imagens da realização dos projetos, alguns pequenos textos explicando como se realiza determinada atividade, o objetivo, recursos a serem utilizados, entre outros. O espaço era pequeno para a quantidade de pessoas que estava comportando, porém havia uma grande diversidade de atividades e um bom atendimento feito pelos alunos responsáveis, que eram bem atenciosos.
Nas salas seguintes haviam diversos trabalhos em relação à matemática, muitos que eu nunca sabia que existia e diversos nomes complicados, como, triângulos equiláteros, razão Áurea, teorema de Pick, entre outros. Todos eles foram produzidos de forma lúdica e colorida, que permitiam a manipulação dos materiais para melhor entendimento. Além de Tangrans e o Ábaco japonês, que eu já conhecia antes, todos haviam pequenos textos demonstrando como utilizá-los. 
Havia também trabalhos sobre o formato da Terra, relatando qual o formato dela e como é o caminho que os planetas do sistema solar realizam, que se chamam elipse. Foi apresentado também o "Anamorfose", Ana de inversão, Morphe de forma. A arte Anamórfica estabelece um trabalho artístico que parece, a primeira vista, confuso, mas se torna conhecível quando vista de "outros olhos", normalmente sob uma reflexão cilíndrica. Fiquei impressionada com as figuras pois havia uma em que tinha uma menina séria e ao colocar o espelho, ela sorria, dentre outras imagens tão interessantes quanto esta.
Em todas os stands havia o apoio de vários alunos, que estavam sempre dispostos a ajudarem e explicarem quando surgiam dúvidas. Havia também muitos jogos relacionados ao Ensino Fundamental, como, Jogo primeiro cálculos, que tinha como objetivo levar o aluno com deficiência visual a resolver contas com as quatro operações fundamentais, o jogo era um quebra cabeça de madeira, em tamanho grande, todos muito bem feitos e trabalhados de forma a atender crianças a partir de 4 anos de idade. 
O Trem dos numerais foi outra atividade muito interessante, serve para estimular o aluno com deficiência visual ao raciocínio lógico, o material também era um quebra cabeça de madeira, e pode ser utilizado não somente para crianças, mas também para alunos do ensino fundamental e médio. O jogo da conta - multiplicação e divisão, foi outro jogo lúdico que observei, era produzido a partir de um quebra cabeça de E.V.A., o objetivo era levar o aluno com deficiência visual a resolver contas de multiplicação e divisão. Havia muitas outras brincadeiras produzidas com muito trabalho para chamar atenção dos alunos. O mais interessante é que a maioria deles foram confeccionados para atender a alunos com deficiência visual; eles podem ser feitos por qualquer educador, que pretende incluir seu aluno e ajudá-lo a compreender assuntos da área de matemática com mais facilidade.
Fiquei impressionada com todos os jogos inclusivos que havia nos stands, muitos feitos por materiais simples e fáceis de confeccionar, outro ponto a ser destacado seria que a maioria dos jogos poderiam ser realizados não somente com crianças de 4 anos, mas com alunos do ensino fundamental e médio também, assim percebi que muitas vezes, educadores não procuram incluir uma criança com deficiência visual, por exemplo, pois acredita que vai ter trabalho em procurar atividades para as mesmas. Mas às vezes só faltam saber o local correto a recorrer para buscar essas atividades e assim compreenderão que qualquer aluno poderá compreender diferentes assunto, se o docente saber contextualizá-lo com a realidade de cada um.
Todo o evento estava rico em atividades, todas seguidas com explicações; o público podia manusear todos os objetos, folhear as revistas entre outros. Acredito que todos os alunos tiveram um grande trabalho em realizar todas as atividades, para quem gosta de matemática, sem dúvida esse evento seria muito incentivador. O principal conhecimento que obtive com essa exposição, foi poder ter acesso à jogos inclusivos, e compreender como deverão ser utilizados, pretendo futuramente confeccioná-los e utilizá-los em turma, sem dúvida a turma compreenderá muito melhor matemática, o que é muitas vezes vista pelos alunos como algo impossível de se estudar.

Algumas imagens:






















                               




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