segunda-feira, 30 de julho de 2012

Tema: Palestra Bullying e Educação


Evento: Palestra Bullying e Educação
Período do Evento: 28 de Março de 2012
Coordenação: Iguacyra Rios
Local : Auditório do Colégio Estadual Dr. Feliciano Sodré - Rua Duque de Caxias n° 78


Relatório de Atividade Pedagógica

O evento foi iniciado com a palestrante explicando sobre o que seria o Bullying e por que esse tema está inserido na área da educação. É essencial que as formandas, principalmente aquelas que pretendem seguir na carreira do magistério, saibam o que é esse tema e os motivos de estar sendo muito falado atualmente em todos os lugares, dede escolas até em internet. Todos os professores precisam estar cientes da tamanha seriedade que apresenta este tema, que está matando jovens em toda a parte do mundo. Muitos educadores têm contato com alunos que sofrem bullying, mas não sabem diagnosticar as causas da mudança de comportamento do jovem e muitas vezes já pode ser tarde demais. Com esta palestra então, pude finalmente compreender melhor esse assunto, onde tinha muitas perguntas sem respostas.
A palestrante foi bem clara e objetiva ao explicar cada parte do assunto, retirando todas as dúvidas que foram aparecendo ao longo do evento. Ela utilizou de alguns recursos para facilitar a compreensão dos que estavam presentes, como TV com tópicos do tema e vídeos. Desta forma, dinamizou a palestra tornando-a mais interessante e atrativa.
O primeiro tópico abordado foram as características do Bullying que são agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneiras repetidas por um ou mais alunos. O Bullying pode ter forma verbal, física, moral, virtual (ciberbullying), entre outros.  Essa palavra tem origem americana que significa valentão, brigão, ao traduzi-la podemos defini-la como uma ameaça, agressão ou tirania.
Pode ser realizado em qualquer lugar, desde escolas ou universidades à vizinhança, trabalho e família. É impactante saber que essa violência ocorre nos lugares que deveriam ser preservadas a paz e tranquilidade, podendo provocar traumas absurdos para a vítima. Algumas das consequências para a pessoa que sofre dessa violência são isolamento, queda do rendimento escolar, afeta o estado emocional, influencia traços da personalidade, doenças psicossomáticas e  em casos mais graves, até mesmo o suicídio. Pode se perceber que isso não é brincadeira, mas muitas vezes começa por esta, como apelidos.
É importante saber que o Bullying não é qualquer tipo de agressão, pois deve se realizar entre iguais, por exemplo, entre alunos, além de ser de maneira frequente, com presença do público e concordância do alvo, o mesmo não pode se defender. Como já foi explicado, essa violência pode deixar marcas no indivíduo por toda a vida. A palestrante exemplificou essa afirmação com um caso em que um paciente da mesma trabalhava com comércio, mas toda vez que conseguia chegar ao posto de gerente, ele pedia demissão, até que ele percebeu que essa atitude não é normal, então após passar por uma sessão de hipinose, foi descoberto que no passado após uma briga com o pai, este disse que ele nunca iria chegar a ter o seu sucesso e como se estivesse seguindo a afirmação do pai, o paciente nunca chegava a ser gerente. Com esta história pode-se perceber que mesmo que o indivíduo não saiba, essas marcas podem persistir e se não tiverem tratamento podem se causar doenças muito mais graves.
O ciberbullying também tem se tornado muito comum, e diferentemente do bulliyng, que deve ser entre iguais, ele pode ser entre qualquer pessoa, pois na internet, não há distinção de pessoas. O mais impressionante é que ele não tem limite tempo, idade, pode ocorrer com qualquer um a qualquer hora. Qualquer agressão, seja ela verbal ou física, tem os mesmo resultados ruins na vítima, sendo que com uma intensidade maior, pois as agressões pela internet são muito difíceis de se reverter, já que uma vez na rede, qualquer pessoa em todos os lugares do mundo, poderão ter acesso a essas informações. Desta forma, é preciso que se controle o que os jovens têm acesso na rede, sendo cuidadoso com os amigos que os mesmos têm e as informações que compartilham.
O bully, - usado esse termo para quem pratica essa violência -; quer ser poderoso, popular, até mesmo, ter uma imagem boa para si mesmo. Os bullys são muito inseguros e muitas vezes tem a autoestima baixa, então agridem as pessoas para ganhar a confiança dos amigos e assim se satisfazer. 
O público também é um grande incentivador para que esse tipo de violência ocorra, pois só há bullying se há uma plateia que participe. Desta forma o Bully terá sempre um motivo para continuar com essas atitudes. O expectador é como se fosse o co-autor  desta agressão, pois não reage de forma positiva para ajudar a vítima. 
Há uma grande diferença entre essa violência praticada por pessoas do sexo feminino para as do sexo masculino. O bullying praticado por meninos é marcado por agressão, brigas, empurrões, xingamentos; já os das meninas é mais discreto, geralmente são trocas de olhares, risinhos, cochichos entre grupinhos, entre outros. Não tiro a importância de nenhum dos tipos das agressões, pois ambas ferem a vítimas, no caso dos meninos são além de fisicamente, emocionalmente também e para as meninas, podem surgir machucados físicos, mas principalmente emocional. 
Sei que em muitas escolas no Brasil está presente essa agressão, mas muitos professores não sabem como agir quando veem essa realidade dentro de sua sala de aula, então começam a escolher atitudes equívocadas para tentar solucionar o problema, como culpar a vítima e/ou o bully e nos casos mais errados, procuram não agir de nenhuma forma, fechando os olhos para os problemas existentes. 
         Para finalizar o evento, foi mostrado um vídeo de um menino americano que sofria bullying por muito tempo, era chamado de gordo, barril, entre outros xingamentos que tinham relação com seu peso. Ele era um jovem muito quieto e não falava com o pai o que sofria, apenas com a irmã, que não sabia o que fazer. Até que um dia ele se revoltou com as agressões, e resolveu reagir, quando o garoto começou a brigar com ele, a vítima pegou-o e jogou contra o chão, quebrando a perna do mesmo. O vídeo é muito impactante, pois se sabe que não é uma simulação, é real; e ver uma criança se explodir a tal ponto de não ter a noção de que poderia ter matado alguém é muito triste. 
A vítima tinha chegado ao extremo, já não aguentava mais sofrer; o vídeo foi parar na internet com recorde de acessos, os comentários eram todos positivos, chamavam o menino de herói, porém não devemos apoiar que a agressão só é concertada com a mesma, apesar do menino ter se defendido, seria melhor se ele fosse ajudado. O segundo vídeo apresentado é uma entrevista com a vítima, percebe-se que ele sofria muito e se sentia um verdadeiro "lixo", o jovem não se arrepende de ter agredido o bully, mesmo que ele tenha dado um fim nisso, é necessário que se destaque que a violência não é o melhor meio, mas é preciso agradecer por esse menino não ter desistido da vida e agora pretende lutar para se curar, dando uma motivação para todos aqueles que sofrem bullying atualmente, decidindo se expressar e pedir ajuda.
As crianças não devem ter medo de ir à escola porque um aluno pode machucá-lo, ela é um lugar de paz, onde todos estão lá para aprender, não deve ter lugar para brigas, apenas para amor. É necessário que se combata agora, pois jovens estão adoecendo, perdendo a vida, por uma "brincadeira" que começa por um simples apelido. Devemos ter respeito pelo próximo, pois todos somos iguais, independente do peso, cor, religião ou classe social e a educação tem o grande papel de mudar essa realidade de agressão tornando a palavra Bullying extinta da realidade mundial.

Algumas imagens da Palestra:







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